Voltando ao blog! Agora, mais serena e com mais gás, com o objetivo de continuar aquilo que comecei há três anos e amo: falar, assistir, discutir e respirar cinema!
Muitos foram os empecilhos para que eu retornasse: terminei minha tese de doutorado e estou mais descansada depois de quatro anos e meio muito confusos e muito atarefados. Além de, é claro, serem mentalmente estressantes.
Começo esta nova fase do meu movieblog falando sobre não só um filme, mas dois que resolvi assistir logo após o outro. Na verdade, um me trouxe muitas perguntas, e assim busquei o outro atrás de respostas.
Steve Jobs e o grupo de amigos construindo o Apple I na sua garagem
Jobs é um filme novo, bem recente, que fala sobre o Steve Jobs, criador da Apple, e sua vida polêmica no mundo da Informática. Sem dúvida, Jobs foi importantíssimo para a mudança que ocorreu do computador profissional para o pessoal, na década de 1970. Revolucionária, de fato, pois mudou a nossa concepção de mundo. Porém, o filme Jobs deixou lacunas que foram preenchidas, é claro, após ver Os Piratas de Silicon Valley, de 1999, que conta a mesma história mas sob um enfoque bastante diferente.
O filme relata a vida do fundador da Apple de forma intimista e focando na relação dele com Steven Wozniak e as pessoas que o rodearam - namorada, diretores, funcionários, amigos (ou amigo: Wozniak). Steve Jobs foi uma pessoa polêmica porque apesar de toda a revolução proporcionada pelo PC, que foi sim, de certa forma, visionada por ele, ele tinha atitudes bastante desagradáveis com as pessoas que o rodearam. Era reconhecido como narcisista, sádico, tratava mal seus funcionários (criava turnos de 50 horas para o "funcionário que vestia a camisa da empresa", um verdadeiro "Pirata"), e por aí vai.
Como que alguém tão mal vista pela maioria das pessoas que já tiveram trato com ele pode ser tema de um filme na atualidade? Bom, penso eu que a vida dele teve um final trágico mas ao mesmo tempo, de triunfo. Além disso, disse o meu namorado, ele era extremamente midiático - o que o filme deixa transparecer bem.
Jobs e Wozniak com o Apple I
Os Piratas segue uma linha um pouco mais ligada à meta-linguagem, e deixa bem claro a evolução dos PCs para o espectador que não entende (nem um pouco) estas mudanças operacionais, de sistemas, de hardware.
Noah Wyle interpretando Jobs
Jobs e Gates
No final das contas, creio que ver os dois filmes é bem mais interessante que um só - quem quiser saber um pouco mais da vida do Steve Jobs, veja Jobs, mas pra entender melhor este momento de transformações na Ciência da Computação, acho melhor ver Piratas. Os dois, na verdade, se completam.
Em relação à estética, creio que Piratas teve um orçamento bem mais baixo, mas com um roteiro bem mais fiel à realidade. No final, gostei de ver os dois filmes e me interessei bastante pois descobri que aqueles objetos que fazem parte do meu cotidiano (internet, notebook, e-mail) foram, um dia, apenas sonhados por várias pessoas - que tornaram isso tudo realidade. O mundo mudou, e vem do desenvolvimento da computação a boa parte das mudanças das quais usufruímos hoje. Uma verdadeira revolução, pois é inegável dizer que vivemos uma nova era com o surgimento do computador pessoal.
PS: Passei a adorar o Steven Wozniak :D
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