sábado, 8 de janeiro de 2011

Rindo à toa (Laughing at loud)

Estou emocionada! Três posts seguidos assim, algo inédito :) inspiração total no momento. Ou, estando de férias (ou "meia-férias", já que pós não dá descanso), estou tendo mais tempo de selecionar e assistir filmes bons. Mas faço esta crítica com muito prazer. Primeiro porque o filme que vi é bom demais. Segundo porque fiz há poucos dias uma crítica de um filme francês sobre adolescência, bobo, mas divertido, e de repente pego este filme pra assistir e "bum": aquilo que eu esperava do outro está nesse filme.

Divertido, sim, mas LOL (como no original) é um filme também francês que também discute questões sobre adolescência de uma forma muito mais realista e interessante que 15 anos e meio. Terceiro, senti uma saudade enorme dos tempos em que ia nos festivais do Rio e assistia filmes de circuito alternativo no cinema da UFF...preciso voltar a frequentar festivais, uma coisa que amo. Se ainda frequentasse, teria visto esse filme há muito mais tempo.Mas vamos à crítica.

LOL conta a história de adolescentes experimentando as coisas novas da vida: fumar, beber, namorar, fazer sexo, amar...tudo isso é novidade para o grupo de amigos que estuda no Liceu público francês. Lola é uma menina com seus...16 anos? E seu grupo de amigos vive, é claro, na internet, nas baladas, e só quer saber de aproveitar a vida. Mas...você pode culpá-los?

A vida dos adolescentes já é conturbada, e a descoberta de tantas coisas novas é uma coisa sensacional - quem já passou por essa fase sabe do que estou falando. Não acho o filme despretensioso: acho que o filme toca em pontos fundamentais: a relação de Lola com a mãe e o pai divorciado, com seu "caso/ficante" , Mael, a relação do próprio Mael com seu pai controlador, e os problemas de suas amigas, como Charlotte, que está descobrindo os prazeres do sexo, são exemplos disso. Tudo isso ligado às novas formas de comunicação (msn, twitter, facebook, i-phone) faz essa geração aprender de tudo um pouco e experimentar de tudo um pouco.

De novo parece que sou muito velha :P mas isso acontece porque acho as tecnologias de comunicação hoje fantásticas e as redes sociais possibilitam coisas que eu nem imaginava na minha época (celular na minha adolescência era um trambolho que só ricaço da Barra tinha. E não, não sou tão velha assim, apenas vinte e nove aninhos ;)). É claro que os pais dos adolescentes retratados não têm ideia do que eles fazem - e também não dominam todos esses meios de comunicação.

Lola, porém, apesar de todos os seus conflitos internos e problemas com a mãe, é uma menina descolada e responsável. Quem está esperando ver no filme cenas de brigas dantescas, uso de drogas e bebedeira, esqueça, a personagem-título não é bagaceira. Ela é uma adolescente parisiense comum e seus amigos também são adolescente comuns.

Mais ligado ao drama, este filme tem pitadas de comédia, mas no final, o que fica mesmo é um gostinho saudosista e feliz. Com Sophie Marceau no papel da mãe de Lola, o filme fez o maior sucesso na França na época do lançamento (em 2008...como é que eu não o vi antes?) e segue a linha de As melhores coisas do mundo. Filme bonito, interessante e legal de se ver - e com uma trilha sonora muuito boa (incluindo Blur!! Eu tinha que gostar, né?)

Assistam. Filmaço.




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